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Úlulu

© Pedro Jafuno

Sinopse

Úlulu quer dizer placenta em forro ou lúngwa santomé. Segundo um ritual antigo da cultura são-tomense, o úlulu é plantado, juntamente com o cordão umbilical, no grande quintal da família. Assim, segundo as gerações mais antigas, as crianças crescem e viajam pelo mundo mas sabem sempre regressar à terra onde nascem. Nesta performance, três criaturas-criadoras evocam a música, o movimento, a poesia e a paisagem na busca de cordões de transmissão e nutrição, enquanto especulam e repetem rituais para harmonizar colapso e regeneração, e levantar questões: E se pertencer a geografias não-humanas for uma solução face à extinção que se avizinha? Como fazê-lo sem desperdiçar a memória de rituais úteis para essa transmutação? Onde deixar pistas para uma eventual fuga em direção ao retorno?

bio
RAQUEL LIMA é poeta, artista transdisciplinar e investigadora de Estudos Pós-Coloniais com particular interesse na oratura, memória intergeracional, movimentos afro diaspóricos e práticas contemporâneas de escape, abstração e cura. Tem apresentado o seu trabalho artístico e académico em eventos e conferências internacionais como a Bienal de Veneza, o Congresso Mundo de Mulheres em Moçambique e a Bienal de São Paulo. É licenciada em Estudos Artísticos, publicou o livro Ingenuidade Inocência Ignorância e cofundou a UNA – União Negra das Artes. Participou no projeto Essenciais do TBA em 2020.st in orature, intergenerational memory, Afro-diasporic movements and contemporary practices of escapism, abstraction and healing. She has presented her artistic and academic work at international events and conferences such as the Venice Biennale, the World Congress of Women in Mozambique and the São Paulo Biennale. She has a degree in Art Studies, published the book Ingenuidade Inocência Ignorância and co-founded UNA – União Negra das Artes (Black Union for the Arts). She took part in the TBA’s Essentials project in 2020.

Ficha Artística e Técnica

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direção artística, criação: Raquel Lima
interpretação: Maria Palmira Joaquim, Okan Kayma, Raquel Lima
cenografia: Eneida Tavares
desenho de luz: Lui L’Abbate
figurinos: Neusa Trovoada
sonoplastia, composição original: Okan Kayma
vídeo / filmagens: Sara Morais
movimento: Lucília Raimundo
consultora de cosmovisão indígena: Tobi Ayé
apoio à criação: Danilo Lopes
apoio à cenografia: Axelle Camille, Jorge Carreira, Samuel Reis
vozes: Eneida Tavares, Tobi Ayé, Ana Maria Semedo, Marilene de Andrade, Ernestina Miranda, Elcínia Dias, Eliane Borges
olhar externo: Dori Nigro
produção: Joana Costa Santos
administração: agência 25
coprodução: Teatro do Bairro Alto, Teatro Municipal do Porto / FITEI
coprodução em residência: OSSO, Alkantara, O Espaço do Tempo
apoio: República Portuguesa – Cultura / DGARTES – Direção-Geral das Artes, Rural Vivo, Câmara Municipal de Lisboa / Polo Cultural das Gaivotas, Santos & Monteiro, Associação DOC, Culturgest

  • © Pedro Jafuno
  • © Pedro Jafuno
  • © Pedro Jafuno
  • © Pedro Jafuno
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